Pedra na vesícula – Colelitíase

Postado por mgsites em 09/nov/2017 -

 O que é a Vesícula Biliar:

A vesícula biliar é uma pequena bolsa com formato de pêra, que pode medir até 15 centímetros de comprimento e está localizada embaixo do fígado. A sua função é “armazenar” a bile; um líquido esverdeado produzido pelo fígado.

Quando funciona dentro da normalidade, a vesícula esvazia seu conteúdo após a alimentação no intestino, através do conduto biliar, para facilitar a digestão e absorção de nutrientes. Devido a um distúrbio dos compostos químicos presentes na bile, ocorre a formação das pedras no seu interior, conhecidas como colelitíase, “pedras na vesícula”.

Para que serve a vesícula?

A doença (Pedra na Vesícula):

Esta doença está entre as mais comuns que acometem a vesícula e é mais freqüente em diabéticos, tabagista, sedentários, pessoas negras, mulheres, especialmente as que sofrem de obesidade, aquelas que já passaram por múltiplas gestações, que fazem uso anticoncepcionais e as que perderam peso de maneira acentuada.

As principais razões para a formação dos cálculos são a existência de quantidade excessiva de cálcio e colesterol na bile. Normalmente, a vesícula biliar é preenchida lentamente por bile nos intervalos entre as refeições (períodos de jejum). Quando você ingere comidas que contém gordura, a vesícula se contrai e empurra o suco biliar, através de um ducto, para dentro do intestino. Contudo, algumas vezes um cálculo biliar pode obstruir o orifício de saída da vesícula, impedindo que ela se esvazie. Outras vezes, os cálculos biliares podem irritar a vesícula.

Sintomas de Pedra na Vesícula:

Na maioria dos casos as pedras na vesícula biliar não causam sintomas. Quando os sintomas estão presentes, os mais comuns são:

  • Cólicas na barriga (geralmente no lado direito, logo abaixo das costelas ou na parte superior central da barriga (entre o umbigo e as costelas).
  • Dor nas costas ou no ombro direito.
  • Náuseas e vômitos.
  • Em casos raros, as pedras na vesícula elas podem causar sérios problemas, que incluem:
  • Icterícia, uma condição onde a pele e os olhos ficam amarelos.
  • Ruptura da vesícula biliar, o que pode causar quadros graves infecção (sepse).
  • Inflamação do pâncreas, a pancreatite (lembrando que o pâncreas é um órgão que produz hormônios e enzimas que auxiliam na digestão dos alimentos).

Diagnóstico de Pedra na Vesícula:

A suspeita diagnóstica inicia a partir dos sintomas/sinais associados a um exame clínico realizado de maneira adequada por um médico capacitado e o diagnóstico definitivo é realizado através de exame de imagem, sendo a ultrassonografia o mais adequado.

O exame de ultrassom é indolor e usa ondas sonoras para construir uma imagem da sua vesícula, de rápida execução.

O tratamento é sempre cirúrgico, sendo feito por Video-laparoscopia.

Para saber mais leia no item cirurgia – “ colecistectomia

Obesidade

Postado por mgsites em 09/nov/2017 -

A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente

O excesso de gordura pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, doenças do coração, pressão alta, artrite, apnéia e derrame.

Por causa do risco envolvido, é bom que você perca peso mesmo que não esteja se sentindo mal agora. É difícil mudar seus hábitos alimentares e fazer exercícios. Mas, se você planejar, pode conseguir.

O parâmetro utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC).

O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9.  Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30.

O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas.

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas cardiovasculares e diabetes tipo 2,

São muitas as causas da obesidade. O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas/hormonais.

A cirurgia da obesidade, também chamada de bariátrica, é reconhecidamente o melhor método no tratamento da obesidade que resulta em uma perda de peso duradoura. Dietas e outros programas têm demonstrado resultados muito pobres em longo prazo, todos com incapacidade de manter a perda de peso.


Como medir meu IMC (Índice de Massa Corpórea) ?

  • Basta dividir seu peso (Kg) por sua altura (em metros) ao quadrado (Peso/altura²)
  • 18,5-24,9 – Peso adequado
  • 25,0-29,9 – Sobrepeso
  • 30,0-34,9 – Obesidade Leve
  • 35,0-39,9 – Obesidade Moderada
  • 40,0 ou mais – Obesidade Mórbida

Para ser submetido aos tratamentos cirúrgicos, o paciente deve:

  • Estar com 45kg acima do peso ideal ou com o IMC de 40 ou superior a isso;
  • Pacientes com IMC de 35, mas que tenham problemas de saúde relacionados à obesidade;
  • Faixa etária de 16 a 60 anos;
  • Histórico em não conseguir perder peso;
  • Não ter nenhuma doença que seja contraindicada para a cirurgia;
  • Avaliação clínica completa e exames pré-operatórios.

É uma cirurgia não recomendada para pessoas que tenham cirrose hepática, problemas graves no pulmão, lesão no músculo cardíaco e insuficiência renal.

OBSERVAÇÕES AOS PACIENTES:

É muito importante mencionar que esta cirurgia não é recomendada por motivos estéticos. Todos os procedimentos cirúrgicos que oferecemos já foram estudados e demonstraram ser eficazes para a perda de peso em longo prazo. No entanto, qualquer cirurgia carrega certa dose de risco.

Dependendo da cirurgia, os riscos iniciais podem incluir infecção, coágulos
sanguíneos, falta de cicatrização, obstrução intestinal, disfunção do coração e pulmão, ou mesmo complicações da anestesia.

Nas semanas ou meses após a cirurgia, os riscos podem incluir vômitos freqüentes, úlceras de estômago, síndrome de dumping, obstruções e deficiência vitamínica ou mineral.

Muitos destes riscos podem ser diminuídos seguindo as orientações de dieta e uso de suplementos vitamínicos. Esta é uma visão geral. Você precisará discutir os riscos específicos de sua cirurgia com seu cirurgião.

Os pacientes que seguem as orientações alimentares geralmente perdem três quartos ou mais do seu excesso de peso, sem sentir fome entre as refeições. Muitos são capazes de diminuir ou interromper a medicação para diabetes, hipertensão arterial e colesterol alto. Dores nas costas e articulações, inchaço nas pernas, bem como outros problemas relacionados com o peso, melhoram geralmente quando os pacientes perdem peso.

Enquanto alguns pacientes não atingem um peso corporal ideal, a maioria desfruta de enorme melhoria na sua saúde, aparência, auto-estima, e a capacidade de realizar atividades físicas.

Sucesso após a cirurgia é medido não apenas pelos quilos perdidos e uma mudança na aparência, mas também pela melhoria da saúde dos pacientes, em geral, bem-estar e alegria de viver.

TRATAMENTO DE SUCESSO

A cirurgia da obesidade é uma ferramenta importante no tratamento da obesidade. Entretanto, só a cirurgia não é suficiente para você se manter em um peso ideal. Para alcançar o sucesso, você também precisa programar mudanças importantes na sua dieta e no seu estilo de vida. Assim:

  • Adote uma dieta saudável, rica em proteínas
  • Coma três pequenas e saudáveis refeições por dia
  • Evite excesso de lanches e petiscos
  • Tente evitar alimentos ricos em açúcar, amido e alto teor de gordura
  • Faça exercícios aeróbicos pelo menos três vezes por semana
  • Faça controle periódico com sua nutricionista, pois ela vai avaliar a necessidade de
  • suplementos vitamínicos e minerais logo após a operação para evitar deficiências de ferro,
  • vitamina B-12 e cálcio

QUAL TÉCNICA CIRUGICA REALIZAR ?

A duas operações mais realizadas no Brasil são a gastroplastia redutora (também chamada de bypass gástrico ou Fobi-Capella) e a gastrectomia vertical (sleeve ).

Para entender mais sobre as técnicas vá ao item cirurgia bariátrica e tire suas duvidas.

 

 

 

Hernias da Parede Abdominal

Postado por mgsites em 09/nov/2017 -

A hérnia da parede abdominal ocorre quando parte de um órgão (normalmente, alças do intestino delgado) se desloca, através de um orifício (chamado de anel herniário). Esse deslocamento somente é possível devido ao enfraquecimento do tecido protetor dos órgãos internos do abdômen( musculatura ) , que pode ocorrer em consequência de um problema congênito ou pode estar associado a esforços em excesso, por exemplo exercícios físicos, gestação ou obesidade, que deixam a parede abdominal fragilizada.

As hérnias podem ser Congênitas ou Adquiridas ao longo da vida. Das localizações, 80% das hérnias são da região Inguinal, seguidas pelas Umbilicais que corresponde a 10% das hérnias de parede.

Os homens são muito mais suscetíveis do que as mulheres. Cerca de 25% dos homens e cerca de 2% das mulheres irão desenvolver uma hérnia inguinal ao longo de suas vidas. Além disso, algumas pessoas que a desenvolveram em um dos lados, também desenvolverá do outro lado.

Pessoas de qualquer idade podem desenvolver hérnias inguinais, podem aparecer antes de 1 ano de vida, porem freqüentemente se manifestam após as 40 anos nos adultos, porque os músculos da parede abdominal perdem rigidez com a idade. Bebês prematuros tem uma chance maior de desenvolver hérnias indiretas.

Pessoas com histórico de hérnias inguinais na família, são mais suscetíveis a adquiri-las e alguns estudos sugerem que tabagistas é um fator de risco importante para a doença.

CAUSAS E FATORES DE RISCO:

A principal causa da hérnia inguinal é a persistência do conduto peritônio-vaginal, que é um prolongamento embrionário de tecido abdominal  que desce, no sexo masculino, com o testículo para bolsa escrotal e, no sexo feminino, para o grande lábio, alteração essa de caráter  congênito.

Já na hérnia umbilical  a causa é persistência do anel umbilical, defeito congênito da parede abdominal. Como o nome mesmo fala é de localização umbilical. Os bebês estão mais vulneráveis a este tipo de hérnia, mas neles, normalmente ela desaparece espontaneamente ao longo dos primeiros anos de vida.

Outras causas de caráter adquirido são: idade, sedentarismo, multiparidade, obesidade,

tosse crônica, obstinação, gravidez, ascite, neoplasias, tabagismo, excesso de esforço físico.

Anormalidades na estrutura do colágeno.

CLINICA

Alguns dos sintomas presentes são:

Abaulamento na região, sendo este redutível ou não, de início súbito ou insidioso , com duração variável e na grande maioria dos casos relacionados  aos esforços.

  • Dor do tipo queimação.
  • Alteração do habito intestinal. – “encarceirada”.
  • Hiperemia ( vermelhão ), calor local e aumento de sensibilidade.

DIAGNOSTICO

O diagnostico das hérnias é feito pelo simples exame físico/clinico do paciente com seu cirurgião, porem em alguns casos é necessário complementação com exame de imagem,  podendo ser através da ultrassonografia de parede abdominal, exame simples barato e indolor ou tomografia computadorizada do abdômen total.

TRATAMENTO

O tratamento das hérnias é exclusivamente cirúrgico, e deve ser feira o quanto antes, pois a hérnia só aumentará seu volume como o passar do tempo, nunca regredindo espontaneamente.

Leia no item cirurgias “herniorrafias “ para saber mais.

Hernia de Hiato e Refluxo

Postado por mgsites em 09/nov/2017 -

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma das principais doenças do trato digestivo, doença crônica que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, cerca de 20 % da população ocidental apresenta os sintomas típicos da doença, popularmente conhecida como azia ou queimação, ela ocorre devidoo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, cuja mucosa não está preparada para receber substâncias ácidas e irritantes.Este refluxo de da devido a uma falha naválvula ou esfíncter muscular, que fica localizado entre o esôfago e o estômago.Na maioria dos casos, o problema desaparece espontaneamente.

 A hérnia de hiato é uma doença em que uma parte do estômago se projeta para dentro do tórax por meio de uma abertura no diafragma. O diafragma é a camada de músculo que separa o tórax do abdômen. Esse músculo é utilizado na respiração.

Tal doença favorece para ao refluxo de secreção gástrica provocando a DRGE.

Hérnia de hiato é mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade e em pessoas com obesidade ou com excesso de peso.

SINTOMAS

As hérnias de hiato pequenas geralmente não causam nenhum sinal ou sintoma. Já as grandes podem causar uma série deles como dificuldade para dormir após alimentação, vômito, dificuldade para engolir, tosse crônica, rouquidão ou dor de garganta, azia, arrotos, dor no peito.

Na verdade, a hérnia de hiato por si só raramente causa sintomas. A dor e o desconforto são normalmente causados pelo refluxo de ácido gástrico, ar ou bile.

DIAGNOSTICO

O diagnostico é feito  através dos sintomas clínicos,  porem e confirmado e documentado pela endoscopia digestiva, Phmetria e manometria.

TRATAMENTO

O tratamento na maioria das vezes é clinico, com medicamentos e medicas comportamentais.

Porem em hérnias grandes e muito sintomáticas a cirurgia é uma boa opção terapêutica.

 

 

 

Apendicite Aguda

Postado por mgsites em 09/nov/2017 -

O Apêndice cecal:

O apêndice é um órgão abdominal, que faz parte do aparelho digestivo, sendo descrito como uma extensão do intestino grosso,  localizado no quadrante inferior direito do abdômen (fossa ilíaca direita), é uma estrutura  tubular em forma de dedo de luva que se projeta do ceco (intestino ). Seu tamanho varia  de 5 a 10 cm, podendo chegar ate 30cm, sua largura, geralmente, é de até 0,6 cm.

A DOENÇA

A apendicite aguda resulta da obstrução da luz do apêndice provocada por – na grande maioria das vezes – fecalito ( resíduo solido de fezes ) ou hiperplasia linfoide e, mais raramente, por corpo estranho, parasitas ou tumores.

A apendicite aguda  é a principal causa de abdome agudo cirúrgico em todo o mundo, com uma prevalência de aproximadamente 7% na população

A infecção apendicular ( apendicite aguda ) é uma doença  progressiva, quanto mais se passa as horas pior ficará a processo infeccioso, que se  apresenta inicialmente com  dor, do tipo cólica.

A obstrução do lúmen do apêndice por um fecalito ( fezes ), provoca a proliferação bacteriana e distensão do apêndice, que em alguns casos, quando o diagnostico e tratamento são tardios ocorre a ruptura do apêndice conhecido como “ apendicite supurada”.

O apêndice não oferece uma função importante no trato digestivo, sendo assim a sua retirada não traz malefícios ao paciente.

Apesar de ser uma doença infecciosa o tratamento não se faz com uso de antibióticos, mas sim por cirurgia.

Observa que a doença tem caráter familiar, sendo assim a chance de filhos de pais já operados aumenta para ter a doença.

SINTOMAS

O principal sintoma é a dor abdominal, que se inicia difusa em todo abdômen predominado na região supra-umbilical, com a característica de cólica. Com o passar das horas essa dor irradia para região da verinha direita ( FID ).

  • Acompanhada de dor outros sintomas são:
  • Náuseas com ou sem vômitos
  • Diminuição de apetite.
  • Febre e calafrio
  • Alteração de habito intestinal.

DIAGNOSTICO

O diagnostico de apendicite é feito com exame clinico e físico feito pelo cirurgião. Pacientes com tal patologia apresenta ao exame físico uma alteração importantíssima, chamada de irritação peritoneal ou Blumberg positivo, que é a descompressão dolorosa do abdômen,somente com essa alteração o cirurgião esta “autorizado” a levar o paciente ao bloco cirúrgico e opera-lo.

Porem nos grandes centros médicos e hospitais são disponíveis exames propedêuticos de imagem para ajudar nos diagnósticos, dentre os exames a ultrassonografia se torna a primeira linha, devido a sua facilidade, baixo valor e ser pouco invasiva ao paciente. Podemos utilizar também a tomografia computadorizada como ferramenta.

O exame laboratorial auxilia evidenciando elevação das células de defesa do organismo, chamados de leucócitos. ( leucocitose ).

TRATAMENTO

Como já mencionado no texto, o tratamento é exclusivamente cirúrgico

Lia mais sobre o tratamento no item cirurgia de apendicectomia.